A matéria a seguir foi publicada no dia 28 de
fevereiro de 2011.
FILTRO COM NANOPARTÍCULAS DE PRATA PODE SER
USADO EM SITUAÇÕES DE DESASTRE, QUANDO DOENÇAS PROPAGADAS PELA ÁGUA SE ESPALHAM
COM FACILIDADE.
Desastres como enchentes,
tsunamis e terremotos, muitas vezes resultam na propagação de doenças como a
gastroenterite, giardíase e até mesmo a cólera por causa de uma escassez
imediata de água potável. Agora, pesquisadores da área de química da
Universidade McGill, deram um passo fundamental para fazer um filtro de papel,
barato e portátil, revestido com nanopartículas de prata para ser utilizado
nestes contextos de emergência em um estudo publicado recentemente no Journal
of Environmental Science & Technology.
Divulgação: Imagem mostra funcionamento do filtro
com água contaminada com bactéria.
Segundo o professor
Derek Gray, do Departamento de Química da Universidade McGill, a prata tem sido
usada há muito tempo para purificar a água. Entretanto, o metal, utilizado para
combater bactérias, nunca havia sido usado de maneira sistemática para limpar a
água.
A equipe do professor
revestiu com 5,5 mm de espessura folhas de papel absorvente poroso do tamanho
de uma mão com nanopartículas de prata e, em seguida, derramou bactérias vivas
nele. Através de um microscópio eletrônico, o cientista pôde ver pontos de
prata no papel. Segundo ele, as nanopartículas de prata ficam no papel mesmo
quando a água contaminada passa. O experimento mostrou que mesmo quando o papel
contém uma pequena quantidade de prata (5,9 mg de prata por grama seca do
papel), o filtro é capaz de matar quase todas as bactérias e produzir água que
atenda aos padrões estabelecidos pela Agência de Proteção Ambiental Americana
(EPA).
O filtro não é visto
como um sistema rotineiro de purificação de água, mas como uma forma de
prestação de assistência rápida e em pequena escala em situações de emergência.
Gray disse que o sistema funcionou bem no laboratório, mas precisa ser testado
em campo.
Jackeline Silva J