Comumente o Ensino de Microbiologia na
disciplina de Biologia nas escolas está associado pelos alunos às questões de
doenças, atribuindo-se o papel aos micro-organismos de “vilões”. Sendo necessário
que nesses momentos o docente construa com seus educandos um novo olhar para
esses primeiros seres vivos que habitaram o planeta, que são importantíssimos
na manutenção do equilíbrio do nosso corpo e do meu ambiente.
Mesmo com os poucos estudos feitos sobre
micro-organismos e seus processos na região do Sertão, esses já demonstram a
ocorrência de micro-organismos benéficos associados às plantas (DINIZ et al,
2005). Um exemplo é a planta
erva-sal (Atriplex numularia),
que de acordo com estudos, poderá ter um grande potencial no semi-árido como
uma planta fitoextratora de sais do solo, auxiliando na reabilitação dos solos
altamente salinos, e quando fazem associações simbióticas com micro-organismos
adaptados a estes ambientes ocorre de forma mais efetiva a extração de sais. A A.
numulária também é uma dos vegetais mais utilizados como forrageira.
Com essa
introdução, desmistificando um pouco a ideia de “vilões”, a prática objetiva
demonstrar o reservatório de micro-organismos que compõem a microbiota do solo e como ocorre seu
crescimento a partir de fatores nutricionais.
Vamos trabalhar!
Precisaremos de:
- Areia
- Uma garrafa
- água
- Maisena
- Recipiente vazio
Retire um pouco de areia no solo e coloque dentro da garrafa com água e agite com alguns minutos. Em seguida espere que a areia sedimente no fundo da garrafa.
Enquanto isso....
Pegue a maisena e coloque dentro de algum recipiente, adicione água quente e mecha. Espere um pouco até que o misturado fique frio.
Agora sim...
Adicione umas gotas da água que estava dentro da garrafa com areia no meio nutritivo que foi feito e espere alguns dias. No final poderemos observar um pouco da microbiota do solo.
Boa prática!
Por Elizabeth Borba e Tayane Mendes
Referências bibliográficas:
ARAÚJO, F.S. POTENCIAL DE INÓCULO DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES EM SEIS SISTEMAS DE USO DO SOLO, NA REGIÃO NORDESTE DO SEMI-ÁRIDO DO BRASIL. Dissertação. p.10. Universidade Federal de Campina Grande, Patos, PB, 2008.
ARAÚJO, G.G.L.; ALBUQUERQUE, S.G. & FILHO, C.G. OPÇÕES NO USO DE FORRAGEIRAS ARBUSTIVO-ARBÓREAS NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL NO SEMI-ÁRIDO DO NORDESTE. p. 2, 2006. Disponível em: file://D:\SimposioBrasil\Gherman.htm
2 comentários:
Muito boa publicação, parabéns!
Boa prática! Ela tem aplicação cotidiana?? E vocês têm alguma sugestão de como ensinar essa prática... Alguma dica para o professor?
Ah sugiro serem mais específico quando citam 'uma garrafa' nos procedimentos.
By Monitora de PLEC!
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